terça-feira, 27 de dezembro de 2005

Leituras do Corpo - Animalidade profª Eliane Robert Moraes e Ana Lucia de Castro (3º semestre do curso)

Leituras do Corpo - animalidade
Profª Ana Lucia de Castro e Profª Drª Eliane Robert Moraes.

Objetivo
A disciplina busca construir uma reflexão sobre as relações entre corpo e cultura, fornewcendo subsídios teórico conceituais para a compreensão da corporeidade como uma constr~ção social e imaginária. O curso tomará como eixo condutor a noção de corpo-máquina que, no primeiro módulo será discutida no interior das ciências humanas e no segundo, será abordada enquanto fabulação literária. No confronto entre as duas abordagens, o que se visa é realçar a potencialidade do corpo como alvo das estratégias discursivas mais distintas, tenham elas origem na ideologia ou na fantasia.

Cronograma

Módulo I - corpo, história e sociedade
09/08 - Apresentação da proposta e dos professores, introdução ao tema.
16/08 - Corpo e Ciências Humanas. Textos: TURNER, BRYAN e SANT'ANNA, BERNUZZI Denise - Corpo e História.
23/08 - O corpo como território de construção de identidades. Exibição do documentário Body Art.
30/08 - A contribuição de Foucault: a noção de biopoder.
06/09 - Corpo-máquina: as fronteiras entre natureza e cultura.
13/09 - exibição de trechos do filme: Gataca e palestra de Lucia Santaella.

Módulo II - corpo e imaginação literária
20/09 - O corpo como objeto da fabulação literária: uma introdução.
27/09 - A vida dos objetos inanimados como tópica romântica.
04/10 - Os castelos da subversão: a vingança da natureza sobre a cultura.
11/10 - A casa de Uscher de Edgar Allan Poe: o personagem às avessas.
18/10 - Da casa animada aos seres mecânicos: a reversão das identidades.
25/10 - A boneca de Hoffmann e a vida dos simulacros.
08/11- Kleist e a mecânica lírica das marionetes.
22/11 - Kafka e o maquinário da tortura: a inscrição da culpa no corpo.
6/12 - aula de síntese

Avaliação
Ao término do semestre o aluno deverá entregar um ensaio, contemplando um dos temas/autores retratados.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2005

Laboratório de Criação 1 - Trabalho Casulo (1º semestre do curso)






Fotografias do Casulo
Projeto desenvolvido a partir da questão filosófica:
Onde estou?
Relacionada ao dualismo Dentro - Fora (Vestir-se, Cobrir-se, Proteger-se)

Laboratório de Criação 1 - Trabalho Casaco de Mil e Uma Utilidades - (1º semestre do curso)





















Fotografias do Casaco de Mil e Uma Utilidades
Projeto relacionado às HQ Histórias em Quadrinhos e à Tecnologia
Trata-se de uma crítica ao excesso de consumo de aparelhos tecnológicos

Laboratório de Criação 1 - Trabalho Casaco de Mil e Uma Utilidades - (1º semestre do curso)






Fotografias do Casaco de Mil e Uma Utilidades

domingo, 18 de dezembro de 2005

Laboratório de Criação - prof Ernesto Boccara, Agda Carvalho e Anamelia B Buoro (1º semestre do curso)

Estudamos a arte e algumas particularidades como o barroco, o pop e o dada.
Assistimos a alguns filmes, vimos imagens de artes e moda.
Destes estudos e reflexões, fizemos uma instalação: Tear.
Foi montada em sala de aula, num processo colaborativo por: Chan, Jessica, Daniel, Fernando, Leonora. O Fernando era o único que tinha máquina digital e fez fotos, mas ainda não lembrou de me enviar por email. Vou pedir de novo.
O professor Ernesto Boccara filmou. Está registrado no Senac.

Num segundo momento, fizemos trabalhos individuais, para exposição durante um seminário do mestrado no Senac. Há fotografias do trabalho: Localize-se.

Depois visitamos a exposição Litchenstein, no Museu Tomie Ohtake. Foram comentados seus trabalhos e a apropriação e transformação da linguagem das histórias em quadrinhos.

A última proposta do curso foi fazermos uma roupa a partir dos conceitos estudados e com relação às nossas pesquisas. A minha - Arte e nomadismo: onde você está?

Minhas propostas foram: O Casulo, ponto de partida para a reflexão sobre a posição do corpo, as mutações que o homem está vivendo, as noções dualistas dentro e fora, homem e animal; do corpo que já não está ali, ou está?
A segunda é O Casaco de Mil e Uma Utilidades, que se refere à linguagem das histórias em quadrinhos, cheio de bolsos para guardar qualquer coisa e neste caso, aparatos e aparelhos de tecnologia como celulares, palms, lap tops. Uma crítica ao consumo e ao excesso.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

Seminário Leonora sobre o Grupo C5 - Processos Investigativos na Arte Contemporânea - profª Lucia Leão (1º semestre do curso)

Mestrado em Moda, Cultura e arte
Profª Lucia Leão
Seminário sobre o artista: Brett Stalbaum no grupo C5 Corporation


C5 Corporation
•Artistas: Steve Durie, Bruce Gardner, Amul Goswamy, Matt Mays, Joel Slayton,
Brett Stalbaum, Jack Toolin e Geri Wittig


•Brett Stalbaum, é pesquisador do Grupo C5.
Especializado em desenvolvimento de algoritmos e em teoria crítica.
Professor no CADRE Institute, da San Jose State University.
Trabalha com Internet e redes de computadores.
Desenvolveu muitos trabalhos conceituais, incluindo:

- Joint Tactical Disinformation Distribution System.
•http://switch.sjsu.edu/web/v3n3/JTDDS/

- net.art Sketch
•http://www.thing.net/%7Ebeestal/sketch/sketch.html
(uma ferramenta de desenho em escala geográfica)

Também colaborou na programação Java para o Electronic Disturbance Theater.
Escreveu ensaios sobre net.art para a Switch, CADRE's revista on-line, contribuiu no livro sobre o Electronic Disturbance Theater publicado pela Autonomedia em 1999.

•O C5 Landscape Initiative, é um projeto de 5 anos, em desenvolvimento desde 2001.
O último trabalho foi o San Francisco Camerawork, em maio de 2005.
Durante os primeiros três anos de desenvolvimento do C5 Landscape Initiative, expedições partiram pelo globo terrestre; os pontos mais altos alcançados foram Mt. Shasta e o Mt. Fuji, viajaram pela Grande Muralha da China e empreenderam uma jornada de 7000 km de motocicleta pelos Estados Unidos.
Junto com a SF Camerawork, o C5 GPS Media Player, foi exposto no Whitney Museum's Net art portal: June/July, 2005.


C5 Corporation
http://www.c5corp.com/index.shtml


• C5 Landscape Initiative






http://www.c5corp.com/research/landscapeculture.shtml

http://www.c5corp.com/projects/landscape/index.shtml

sixsette

sixsette

Processos Investigativos na Arte Contemporânea e na Moda (1º semestre do curso) profª Lucia Leão - Referências

Mestrado em Moda, Cultura e Arte

Arte e Nomadismo: Onde você está?
Leonora Fink Segreto
Professora Lucia Leão

REFERÊNCIAS

Becker, Howard. Art Worlds. _ Califórnia: University of California - Press. Data.

Calabrese, Omar. A Linguagem da Arte. _ Lisboa: Editorial Presença. Colecção Dimensões. Data.

Damazio. O que é a Vida. _ Cidade: Editora. Data. (sobre Descartes)

Danton, Arthur. A Morte da Arte. _ São Paulo: Editora Paulus. Data.

Danton, Arthur. Introdução à Filosofia. _ São Paulo: Editora Paulus. Data. (sobre Platão)

De Certeau, Michel. A Invenção do Cotidiano. _ Cidade: Editora. Data.

De Kerckhove, Derrick. Connected Intelligence: The arrival of the web society. _ London: Edited by Wade Rowland. 1997. na biblioteca nº 303.4 k393c

Deleuze, Gilles; Guattari, Felix. Mil Platôs. Volume I. _ Cidade: Editora. Data. (Crítica a S Freud no livro Anti-Édipo, Capital e Esquizofrenia, seu paciente sonhou com lobos, Freud interpretou a matilha como um só lobo, e acusou o paciente de egoísta e agressivo como um lobo - teoria baseada no mito de Édipo - porém, uma matilha é diferente de um só lobo, há colaboração, o grupo, conexões e relações entre os membros)

Deleuze, Gilles; Guattari, Felix. Mil Platôs. Volume II; III; IV; V. _ Cidade: Editora. Data.

Deleuze, Gilles. A Lógica do Sentido. _ São Paulo: Editora Perspectiva. Data.

Didi-Huberman, Georges. O que Vemos, O que nos Olha. _ São Paulo: Editora 34. Data.

Engler. Poéticas do Acaso. _ Cidade: Editora. Data.

Fischer, Hervèe. Teoria da Arte Sociológica.

Ianni, Octavio. A era do globalismo. _ Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2004. Biblioteca 303.4 I 117e

Khun, Thomaz. Paradigma. _ Cidade: Editora. Data.

Le Brun, Annie. Les Chateaux de la Subversion. _ Paris: Gallimard. 2000.

Leão, Lucia (org). Interlab. _ Cidade: Editora. Data. (Rogério da Costa; Rejane Cantoni; Priscila Farias)

Levy, Pierre. Inteligência Coletiva. _ Cidade: Editora. Data.

Maffesoli, Michel. A contemplação do Mundo. _ Porto Alegre: Artes e Ofícios. 1995.

Maffesoli, Michel. Sobre o Nomadismo: Vagabundagens Pós-Modernas. _ São Paulo: Editora Record. 2001.

Moods; Fracchina; Harris. O Modernismo em Disputa. _ São Paulo: Cosac & Naif. Data.

Robins, Kevin. Into the images: culture and politics in the field of vision. _ London and New York: Routledge. 2002. Biblioteca 306.4 R657i

Varella; Maturana. A Mente Encarnada. _ Cidade: Editora. Data. (o corpo como sistema dinâmico e complexo)

Weintraub, Linda. Art on the Edge Andover.

Wilson, Stephen. Information Arts: Intersections Of art, Science and Technology. _ Cambridge, Massachusetts; London, England: The MIT Press. 2002.

Wolfflin, H. Renascença e Barroco. Estudo sobre a Essência do Estilo Barroco e a sua Origem na Itália. _ São Paulo: Editora Perspectiva. 2000. (O autor alemão, esteve muitas vezes na Itália para recolher material para seus estudos, verificava os documentos na sua origem)

Wolfflin, H. Conceitos Fundamentais da História da Arte. _ Cidade: Editora. Data. (esta é a principal obra do autor)

Zourabichvili. O Vocabulário de Deleuze e Guattari. _ São Paulo: Conexões. Data.

www.webdeleuze.com Aulas, cursos. (Para Deleuze, o concreto é sempre uma mistura em que se deve descobrir as multiplicidades)

www.stephenwilson.com

segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

PROCESSOS INVESTIGATIVOS NA ARTE CONTEMPORÂNEA

Durante os anos 60 acontece uma crise no campo da arte, assim um novo grupo assume o poder.
Quando chegam os anos 70, há diversos grupos concorrentes, não existe hegemonia para se lutar por algo em comum.
Na moda e na arte, a globalização é uma das razões para esta ruptura.
Modernidade
(saindo para descobrir o mundo) científica; artística; religiosa - num primeiro momento.
Durante o século XVIII acontece a modernidade filosófica.
Durante o século XIX acontece a modernidade econômica e a do sistema de comunicação.
Cultura internacionalizada - ocidente
Circulação de pessoas.

As regras da arte rolaram por terra nas artes plásticas e na arquitetura.
Alternância --> Clássico --> Barroco --> Neo-Clássico --> passado --> tradição --> Roma
Nos séculos XVII e XVIII - são descobertas outras antigas civilizações.
No século XIX surge o Museu - para abrigar o saque nos sítios arqueológicos antigos.
O passado deixa de ser um passado e passa a muitos passados de diversas civilizações.
Surgem novos materiais industriais (tecnologias).
As populações começam a crescer, iniciam-se reconstruções de cidades, os centros são derrubados e construídos novamente, mas os materiais novos (novas tecnologias) não são utilizados.
Um político na Inglaterra montou sua própria casa do jeito que ele queria.
Nessa época cada um queria fazer aquilo que desejava.
Haviam pessoas de diferentes culturas de todas as épocas circulando - modernidade
Surgem as grandes bibliotecas públicas.
Aparecem as grandes lojas - estilos - moda
Século XIX - anarquia generalizada do gosto.
Na arquitetura Le Duc começa a utilizar novos materiais.
Surge a Esmod - 1848 - surge o vestuário acinturado.
Homens circulavam com roupas de alta qualidade.
Mulheres permaneciam em casa, usavam roupas de baixa qualidade.
A arquitetura faz uma crítica à industrialização, recupera o artesanato.
> Liberty - Inglaterra
> Art Nouveau - França
> Gaudì - Espanha
Novos materiais.
Fim do século XIX
Em meio a tudo isso surge uma nova vertente - vamos voltar ao clássico.
Abaixo o ornamento.

Urbanização - pensar o edifício em relação à cidade

Werkbund - 1908
Escola e atelier todos da BAUHAUS estudaram lá.
Resgate do artesanal.
Arts and Crafts - por trás de todos os movimentos.
Tendência - contra os ornamentos.

Americanos começam a utilizar técnicas avançadas de construção, novas tecnologias proporcionam mudanças na configuração de edifícios e cidades - concreto armado.

Sullivan cria o conceito na arquitetura - a forma deve obedecer a função.
Movimento - abaixo o ornamento
Arquitetos e artistas começam a projetar roupas modernas.
Chanel, Lanvin a grande revolução quem faz são as mulheres.
Estados Unidos - Américas estão de olho na arquitetura - da BAUHAUS - Gropius BAUHAUS DESSAU

Futuro - Estados Unidos - Brasil - Américas
Passado - Europa

Duas Grandes Guerras - Estados Unidos saem fortalecidos. tudo o que a Europa não queria os Estados Unidos queriam.
Artistas e arquitetos vão para os Estados Unidos (Bauhaus, escola de Frankfurt, artistas).
Constroem o edifício da Universidade.
Ocorre a institucionalizaçãode uma vertente da arquitetura - não há espaço para ecletismo.
Tudo o que vem do gosto popular é rejeitado.
As bienais apresentam esta arquitetura. (MAM, prédio da Bienal, Ibirapuera).
Arquitetos promovem o ecletismo e trazem de volta coisas marginalizadas, erotismo explode na Bienal.
Movimento PUNK surge em diversos lugares do mundo ao mesmo tempo.
Circulação de pessoas por todos os lugares.
Ex: Londres cheia de paquistaneses.
Fenômeno: muitas e diferentes culturas juntas.
Problemas de saúde e bem estar social. Só se fala de dinheiro.
Misturas - repertórios diferentes.
As pessoas, para construírem as coisas, precisam de tradições, dialogam com elas. Sem tradição ninguém faz nada.

Livros: A condição pós-moderna - Lyotard
leitura do Jameson - postura marxista, elenco de características que mapeiam o que está acontecendo.

Diagnósticos - A terceira onda. Toffler.

O debate vai evoluindo - quando Jameson faz diagnóstico --> filme, carro dos anos 20, casa dos anos 60, ninguém identifica o período histórico.

Mundo de fluxos - não importa o tempo.

Teóricos de cultura vêm da literatura. (Jameson - 80- sociólogo da literatura_
Pós-modernidade - nova condição.
Críticas ao otimismo do primeiro momento.
A Globalização rompe certas hegemonias: japoneses foram para a França.
Italianos e alemães também têm espaço.


Século XX

domingo, 4 de dezembro de 2005

WORKSHOP DE CRIAÇÃO EM ARTE E MODA - Corpo nômade - entre tempos

Este trabalho é o resultado da experimentação realizada a partir de memórias: alimentos que dispararam emoções, lembranças do passado, do que foi vivido.
Este alimento foi escolhido por ter sido o primeiro a ser lembrado que detonou algum tipo de sentimento, emoção atual.
O cappelletti deixou um registro, se tornou um link entre passado, presente e futuro.
Representa amor, família, carinho, festa, confraternização, barulho, conversas, brindes, risadas, cheiros, calor, frio, cadeiras, mesas, bebidas, gengibirra, natal, rosas, jardim, há muitas lembranças ligadas a estes dados na memória.
O alimento, a vida. Alimento vital, corpo, também o alimento emocional, o carinho, a família.
Da unidade (corpo, célula, eu ou o outro) ao múltiplo (família, corpo como múltiplo de células) do indivíduo ao grupo.
O dentro e o fora.
A célula, o sangue.
A memória do corpo, no corpo.
Sentidos, emoções e razão - o corpo.

Cenário - cozinha

As compras no supermercado, preparação e degustação, foram exercícios gratificantes.
Durante a preparação do alimento foram feitas as fotografias.
A partir destas fotografias, foram feitas novas imagens, onde foi buscada uma maior identificação com o corpo humano.
As fotografias em PB foram utilizadas como mais um recurso plástico.
Assim as novas imagens remetem a outras memórias.

WORKSHOP DE CRIAÇÃO EM ARTE E MODA - resultado do trabalho